Sunday, November 13, 2011

Formosa Deusa do Outono...




Formosa Deusa do Outono…
Dilacerando no caminho que tenho a trilhar
Num jardim ousei penetrar, entrar…
E quando não… algo fascinante fui vislumbrar
Algo encantado, ermoso, algo de enfeitiçar
Vi-te deusa bela e feiticeira
Deitada na Outonal estação
Por entre telúricas folhas te fui encontrar: elemento sensação
E a ti me juntei e comecei…
Comecei a querer contemplar
A tua beleza, o teu rosto, o teu olhar
Com as minhas mãos ousei percorrer cada divino canto do teu corpo
Com a ponta dos meus dedos ousei o teu vestido de seda desapartar
Para mais intimamente te admirar
Vejo-te: venero-te…
Sinto uma agradável brisa de folhas que nos permite ter
Em nosso redor algo para nos envolver
Porque no amor somos um
Envolver e aquecer
Convido-te a que ouçamos a nobre natureza em que nos inserimos
E na qual estamos e na qual sentimos
Uma força intensa, um grito de ultimato
À união perpétua de dois cárneos seres que cometeram um acto
Um acto chamado amor, um acto chamado paixão
Fitamos os nossos olhares, unimos as nossas mãos
E aceitamos o repto no infinito
Para vivermos o nosso desígnio
Desígnio feito destino
O de juntos ficar sempre e para sempre permanecermos cúmplices
De um sentimento arrebatador
Cheio de misticismo e esplendor…
João Paulo S. Félix

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