Jura...
Pela noite dentro vou entrando com brado alto
E lembro a solidão e o pranto...
Lembro o cinza e o frio
E como te amo: altivo desafio...
E como te desejo
Em muito mais do que um beijo...
Em poder completar a intimidade
Que liberta a saudade...
Entregar-me a ti na libido
Que me faz ficar perdido...
Em ti e no delírio
Do gemido, do suor...
Do nós feito esplendor
Esplendor ardente de nobre amor...
Como te amo mais do que a mim mesmo
Como te sublimo perfeição de puro esmero...
Digo que te amo na verdade do que me povoa
Do que no meu coração ecoa...
E sou teu até ao desígnio nos findar
Até ao dia em que olhar se venha a eternamente fechar...
Mas até lá meu amor: jura que ficaremos juntos
Jura que teremos os mesmos assuntos...
Que uniremos os nossos mundos
Em desejos, desabafos e carinhos...
Tão honestos e sinceros quanto profundos
E podermos ser felicidade...
Sem idade
Com vontade de eternidade...
Em que sejamos a melodia
Que encanta o nosso dia...
Que nos desperta
Que nos liberta...
Mas que nos acorrenta
À certeza da fortaleza...
Da existência
De um ser feito ciência...
A ciência dos afetos
Aqueles doces e fraternos...
Aqueles em que nos tributamos
Em que ao outro confiamos...
Os passos, as chaves e as rotinas
A quem entregamos as adrenalinas...
Dos sentimentos de candura mais pura
Onde prometemo-nos amar... Onde fizemos a nossa jura...
João Paulo S. Félix
No comments:
Post a Comment