Thursday, August 18, 2022

Nos tempos do coração...

 


Nos tempos do coração...

A serenidade convida com ponderação

A escrever com a suavidade da criação...

Para trazer a lume, a doce claridade

De uma missiva sentida e de verdade...

Uma mensagem intensa

Uma mensagem extensa...

Que tem a duração de uma vida

A humana vida ,esta, da cárnea corrida...

De corridas para todo o lado e lado nenhum

Para lugares isolados ou onde pensamos em comum...

Uma vida na qual desejamos a fuga da banalidade

E viver: viver até à saciedade...

Um sentimento de amor e de verdade

Um sentimento que desperta e mortifica a maldade...

Um sentimento que dá corpo à alma

Um sentimento que nos pulveriza de calma...

Um sentimento de pensamento constante

O sentimento de amor: o amor fascinante...

Um amor em que tudo faz sentido

Um amor que faz silenciar mundano alarido...

E viver o magno estádio

Que põe fim ao solitário gládio...

E nos leva para uma dimensão colossal

Onde somos únicos a viver algo especial...

A viver: mas a viver o que? O que é isto dotado de esplendor?

É o amor...

O amor que leva a amar

Até à óssea realidade se despedaçar...

Até o coração deixar de pulsar

Até o pulmão deixar de ar receber...

E eu: eu deixar de forças ter...

Mas até isso ser real

Deixa que o nosso beijar seja especial...

Que o nosso abraço venha a ser imortal

Que o nosso olhar venha incendiar...

Com desejos da imoralidade

Aqueles da realização da sexualidade...

Da entrega à cumplicidade

Da entrada no Eden da imortalidade...

Onde nos quero

Onde te espero...

Porque te amo, isso eu sei

Porque te amo e de ti não desistirei...

Porque por ti eu já clamei

Aos deuses dos humanos e dos ateus...

Para que os meus sentimentos sejam eternamente teus

E sejamos amor vivido...

E sejamos desígnio cumprido

Nos tempos humanos do amor e da paixão...

Que sejamos amor: Nos tempos do coração...

João Paulo S. Félix

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