Monday, May 2, 2022

Nas noites dos amores...



Nas noites dos amores...

É nas noites das madrugadas

Aquelas muito esperadas...

Em que se dão largas

Aos desejos e palavras...

É nas noites das madrugadas

Aquelas muito cobiçadas...

Que sentimos a plenitude

Da calmia da solicitude...

De deixar falar

Os termos que a alma vem a soltar...

É no silêncio da mansidão

Que ouvimos o coração...

E dele toda a emoção

É durante o noturno período...

Que falamos do sentimento sem soldo

Daquele sem moeda de troca...

Daquele estádio que nos provoca

Todo o ardente desejo...

De carícia, do infernal beijo

É na noite que se tende a divagar...

E o corpo do outro suplicar

Para realizar...

Fantasias e caprichos

Em bacanais ou nos cúmplices rebuliços...

Sentir o suor a despontar...

E o bater intenso do ato de gritar

Sentir o escorrer...

Dos líquidos que se tendem a verter

Na vertiginosa loucura...

Do amor feito aventura

Imensa e derradeira...

Do amor que não conhece fronteira

Amor: palavra exata que não desilude...

Amor sentimento ao qual se alude

Quando queremos falar de felicidade...

Quando queremos a eternidade

De algo vivido e sentido de verdade...

Algo que dá alma e vida

Algo que é resposta à existência sofrida...

O amor feito mais que filosofia

Mas ciência que se desafia...

A nos convocar

A nos imortalizar...

Amor vontade de viver

Do outro e ser para ele amanhecer...

Amor feito flor

De ternura e esplendor...

Amor feito doces odores

Sentidos e cobiçados... Nas noites dos amores...

João Paulo S. Félix 

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