Tuesday, May 3, 2022

Nas entranhas do amor...

 


Nas entranhas do amor...

Sou levado a penetrar

Em mim e mergulhar...

Para me ouvir

Para comigo reunir...

E poder no silêncio da multidão

Levar a efeito nobre missão...

Aquela de me definir

E saber que porta devo abrir...

Reuni com a minha alma

Aquela que me serena e acalma...

Ouvi de forma vociferada

A vontade pela alma proclamada...

Para ser eu mesmo

Ser eu mesmo: ser supremo...

Em vontade de determinação

Em anseio de coração...

De ser feliz e sorrir

De deixar emergir...

As forças ciclópticas

Que jamais são vencidas...

E jamais são demovidas

E que são avassaladoras...

Forças que acasalam com vontades

De amores de liberdades...

De hormonas e realidades

Sem olhar a lugares ou idades...

E nessas vontades

Realizar imorais atrocidades...

Em sexuais práticas de exaustão

Que nos coloquem a ser motor de combustão...

Em atividade constante e sem cessar

Porque somos ser a fervilhar...

Porque somos desejo

De muito mais do que o ordinário beijo...

Porque queremos a imortalidade

Feita cópula de cumplicidade...

Realizada com arte e engenho

E com dimensão sem tamanho...

Porque queremos do amor a totalidade

Porque queremos do sentimento a realidade...

Porque almejamos o outro completar

Em jogos de sedução a realizar...

Porque queremos o frenesim

E poder sempre dizer sim...

Ao amanhecer apaixonado

Ao acordar amado e desejado...

E com vontade de viver

E sem ensejo de desvanecer...

Porque tudo sentimos com fervor

Quando é sincero... Quando está... Nas entranhas do amor...

João Paulo S. Félix

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