Sunday, March 27, 2022

Sistemática do amor...



Sistemática de amor...

Quando me permito parar

Descansar, relaxar e deste mundo me afastar...

Para voar

Flutuar...

No que é bom e dom de bonança

No que é eterno e sinal de humana esperança...

Dou por mim no amor a pensar

Esse sentimento que faz agigantar...

E que faz os anjos citaras tocar

A dar alvissaras ao estádio...

Que põe fim ao gládio

Entre o nosso ser e a solidão...

Guerra que a solitária condição perde

Para se render ao sentimento que transcende...

E faz o sangue correr

Nas veias a uma velocidade colossal...

E faz o pensamento não mais parar

E faz... faz tudo acontecer...

O coração a gritar pelo que está a suceder

Num ralho de felicidade desmedida...

Num vociferar ouvido em plutão

Nesse que dizem ser planeta anão...

Nesse que está longínquo da galáctica dimensão

Proporcional ao tamanho do sentimento nutrido...

Nutrido, gritado, sentido

Um sentimento sem medida...

Um sentimento que dá vida

Um sentimento de oportunidade...

Para viver até à eternidade

Algo que remove toda a crueldade...

Um sentimento que é marcante

Sentido e viciante...

Um sentimento de elevado expoente

Um sentimento que cura qualquer doente...

Um sentimento clemente

Que une seres num clima nada deprimente...

Um clima escaldante e eletrizante

Ai amor que sentimento és tu...

Que colocas tudo a nu

As forças e as fragilidades...

E as nossas mais intimas realidades

Amor sentimento de plenitude...

Que não vem em compêndios ou cartilhas

Um sentimento que faz toldar as humanas armadilhas...

Amor: sentimento de perfeição

Amor: quero-te até à minha humana exaustão...

Para fugir à desilusão

Para contigo viver a coroação...

Do nós em altiva dimensão

O nós: um duo de esplendor...

A vivermos os dois: a sistemática do amor...

João Paulo S. Félix 

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