Thursday, March 10, 2022

De quanto teu é o meu contentamento...

 


De quanto teu é o meu contentamento...

Quanto do tempo

É usado de modo limpo...

A pensar no divino e no Olimpo

A pensar no que é colossal...

No que é um real social

Pensar no que convém...

Pensar num estádio mais além

Pensar em algo altivo...

Altivo e ativo

Algo frenético e incessante...

Um sentimento viciante

E plenamente marcante...

Em alma e coração

Um sentimento: que faz surgir a paixão...

Que implanta fogos interiores

Que provocam ardentes e penetrantes calores...

Que são fontes dos amores

E do amor...

Esse hino de louvor

A um Deus criador...

De uma arte maior

De afastar de nós a dor...

Que nos comprometia

A qual o nosso ser temia...

Porque era imposição

Imposição de solidão...

E tu, sim tu amor

És causa de vivo esplendor...

De um acontecimento deveras redentor

E faz suspirar...

E por mais querer clamar

Porque, amor...

É sentimento sem valor

Sem valor que seja pecuniário no seu medidor...

Mas que se mede pela saudade

Que se mede pela necessidade...

De se dizer que se ama

De se saber que alguém nos proclama...

De saber

Que temos muito a viver...

E lutar sem parar

Para juntos se ficar...

Na plenitude do ato de beijar

Óscular e abraçar...

Sem olhar ao elemento que anda no pulso

E que possamos sempre usar humano impulso...

Na vontade de plenitude

No amor feito nossa completude...

Porque amor, nem tu imaginas no teu deslumbramento

De quanto teu é o meu contentamento...

João Paulo S. Félix

No comments: