Tuesday, March 15, 2022

Inocência da felicidade...

 


Inocência da felicidade...

Fechar os olhos

Para mergulhar em elementos...

Sentidos, intensos

Sinceros e profundos...

Elementos que me envolvem

Que me cercam: engolem...

E me consomem

A paz e a serenidade...

A calmia e a veleidade

Elementos que me assaltam...

E feitiços desatam

E é nessas poções...

Que encontro as emoções

Que me crias...

Com que me inebrias

Emoções com que me devoras

E com que removes todas as cóleras...

Continua os teus feitos

Com que aglutinas preconceitos...

Continua a manipulação

Consentida do meu coração...

Toma-me como teu

Dá-me o mundo sem tocar o céu...

Dá-me a vida de imortalidade

Sem pensar que é ato meu de insensibilidade...

Continua sem cessar

Faz-me tudo sem o tempo parar...

Vem comigo gladiar

Pela plenitude da vida no ato de amar...

Vem amor à minha alma

Vem trazer o desassombro e a calma...

Vem amor ao meu reduto corporal

E vamos realizar algo moralmente imoral...

Vem amor ao meu tempo

E vamos viver com todo o ímpeto...

Viver de mão dada e dedo entre dedo

O amor: sem medo...

Vem amor

Com todo o teu esplendor...

Vem provocar todo o incessante calor

E vem com o teu instinto provocador...

E com o apetite voraz e devorador

Vamos sem demora...

Cumprir o aqui e o agora

Do que nos une...

Do que nos torna imune

Ao sofrimento da dor...

Por isso... amor...

Vamos viver a seriedade da doce fatalidade

O nosso amor... Na inocência da felicidade...

João Paulo S. Félix

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