Monday, March 21, 2022

Sinceridade do coração...



Sinceridade do coração...

Na noite da mansidão

Naquela em que só estou com a solidão...

Em que convido o silêncio da luz

A dar cor ao que me conduz...

Na noite da solidão

Em que escrevo ao sabor da emoção...

Sou levado e desafiado

Pelas névoas da noturna ocasião...

A desabafar a minha doce oração

Aquela prece...

Feita com o sentimento que enaltece...

E vou escrevendo

Ao sabor do sentimento que recomendo...

Escrevo no silêncio da jornada

Aquele que será interrompido pela alvorada...

Escrevo com a verdade

Que pode ser rude ou dotada de crueldade...

Porque me leva ao ato de despir

O corpo, a alma e dizer o que estou a sentir...

E sinto... Sinto e sinto muito

Muito mais do que um segundo ou minuto...

Sinto uma voz a clamar

A pedir para não ostracizar...

O sentimento que vem a realizar

o nobre ato de amar...

Sinto com altiva dimensão

O amor de tamanha elevação...

Como é possível amar sem medida

Como se consegue arrojar de forma destemida...

Numa realidade que invade

Que nos povoa sem maldade...

Que nos dá como oferenda

A paz, a serenidade... a calma da humildade...

De amar mesmo sem se falar

De se querer mesmo sem se dizer...

Como, Deus meu

Foi acontecer isto com o meu eu...

Este estádio de bradar ao céu

De querer sair a correr...

Sem cessar, parar ou sem mais energia haver

Para poder gritar...

E bradar em bom bradar

Que nobre é amar sem olhar...

Ao mundo, ao planeta onde estamos a habitar

Que deleite o meu de sentir...

Com altivez o que me faz existir

E que provavelmente é minha missão...

Enquanto vivente até à minha exaustão

O viver o amor... o viver... A sinceridade do coração...

João Paulo S. Félix 

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