Monday, February 15, 2021

Convite conorário...



Convite coronário...

No conforto dos silenciosos aposentos

Depois de acalmados os sois e os ventos...

Por entre sons da idade do mobiliário

E orações sinceras ao Deus do relicário...

Me penitencio para cumprir

Uma sentença que me veio punir...

A serenidade e a solidão

E trazer chama ao coração...

Chama e uma presença

Feita terna e doce crença...

Numa plenitude

Num amor de magna altitude...

Altitude e altivez

Que me envolveu de vez...

Ou me vem a envolver

E eu me deixei prender...

Neste enredo de luxúria

Que nos castra a penúria...

Da ausência de essência

E nos traz a reverência...

De um amor feito ciência

Dos humanos...

Aqueles seres mundanos

Que andam por todos os lugares...

Que almejam andar em pares

Em pares de perfeição...

Com medos entrelaçados na união

Feita amor de sublimação...

Que é sentimento de realidade maior

Que nos quita toda e qualquer dor...

Porque mesclados

E docemente emaranhados...

Em pensamentos e sentimentos

Em juras de amor e doces alentos...

Em verdades de realidade

Que nos une sem idade...

Em premissas de sagração

Do nosso amor à nossa paixão...

Feita doce e infernal sedução

Feita pensamento de pecado e perfeição...

Porque juntos somos causa maior de existência

Porque juntos somos motivo para a terrena sobrevivência...

Para mais... Um pouco mais...

Dos gestos, dos carinhos, das ternuras e dos ais...

Que fazem de nós seres imortais

No amor que nos ligou e afastou dos animais...

No nosso amor máximo corolário

De um convite... O convite coronário...

João Paulo S. Félix 

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