Lei da eterna saudade…
Hoje neste dia
Recolho-me na triste
nostalgia…
Hoje como há dezassete anos
Em cada dia dos 7 de
novembro soberanos…
Recato-me na solidão
Da tua ausência e da mágoa
de devassidão…
Hoje mais sentido
E a cada dia a
sensação de ser perdido…
Sem ti e o teu amor
minha avó
Sem ti: ata-se em mim
um arrebatador nó…
Na garganta e no
coração
Onde recordo cada
nossa ocasião…
E tento tudo
silenciar
Para lá longe ainda a
tua voz escutar…
A me chamar
E com os olhos a
apontar…
Para o saudoso e
delicioso Viriato
Doce bolo tremendo
ato…
De demonstração de
amor maior
Por mim teu neto: ai
quanta dor…
Sinto por não te ter
ao pé de mim
Minha avó Iraci, flor
de beleza ímpar do meu jardim…
Beleza no teu
semblante
Que no teu sorriso
era uma constante…
Nostalgia de sentir a
tua mão
E os teus lábios em
cada saudação…
De entrar na quinta
na tua cozinha
E te ver sentada ali
sozinha…
Sozinha mas acompanhada
de sentimentos
Por mim, por nós:
teus prolongamentos…
Corta este sentimento
de ausência de ti e de grande asfixia
A cada dia que passa,
em cada ano que do calendário se esguia…
Porque por mais que
possa ler todo o compêndio da humanidade
Jamais perceberei a tua partida cruel
crueldade…
Porque não fui
ensinado e vacinado para a realidade
Para viver a lei da eterna saudade…
João Paulo S. Félix
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