Wednesday, November 7, 2018

Lei da eterna saudade...


Lei da eterna saudade…
Hoje neste dia
Recolho-me na triste nostalgia…
Hoje como há dezassete anos
Em cada dia dos 7 de novembro soberanos…
Recato-me na solidão
Da tua ausência e da mágoa de devassidão…
Hoje mais sentido
E a cada dia a sensação de ser perdido…
Sem ti e o teu amor minha avó
Sem ti: ata-se em mim um arrebatador nó…
Na garganta e no coração
Onde recordo cada nossa ocasião…
E tento tudo silenciar
Para lá longe ainda a tua voz escutar…
A me chamar
E com os olhos a apontar…
Para o saudoso e delicioso Viriato
Doce bolo tremendo ato…
De demonstração de amor maior
Por mim teu neto: ai quanta dor…
Sinto por não te ter ao pé de mim
Minha avó Iraci, flor de beleza ímpar do meu jardim…
Beleza no teu semblante
Que no teu sorriso era uma constante…
Nostalgia de sentir a tua mão
E os teus lábios em cada saudação…
De entrar na quinta na tua cozinha
E te ver sentada ali sozinha…
Sozinha mas acompanhada de sentimentos
Por mim, por nós: teus prolongamentos…
Corta este sentimento de ausência de ti e de grande asfixia
A cada dia que passa, em cada ano que do calendário se esguia…
Porque por mais que possa ler todo o compêndio da humanidade
 Jamais perceberei a tua partida cruel crueldade…
Porque não fui ensinado e vacinado para a realidade
Para viver a lei da eterna saudade…

João Paulo S. Félix

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