Luxúria de desejo…
Vou algo confessar
Como quem no
confessionário se vai a ajoelhar…
Confessar um pecado
Algo intenso e nada
sagrado…
Algo carnal
Algo visceral e fora
do normal…
O sedento estar
Da nossa cumplicidade
de extasiar…
Aquela que nos faz
delirar
Que nos faz gemer e
exorcizar…
Todo o demo ou pecador
No outro ser tentador…
Que nos leva ao
extremo
E só de pensar eu
tremo…
Ao recordar
O teu cortejar…
O teu olhar devorador
A me degustar de modo
avassalador…
As tuas atrevidas mãos
e os teus ousados dedos
A meticulosamente
sentirem o meu corpo e os meus medos…
A de modo engenhoso
Retirares de mim um
prazer delicioso…
Com arte e sedução
A arrebatares meu
coração…
E meu corporal
elemento
A ser teu alimento…
No cometido do guloso
pecado
Aquele por nós cometido
e consumado…
Aquele acontecimento
Feito infernal
momento…
De entrega ao que nos
une
E os nossos corpos
confunde…
De modo ardente
Na consumação da
nossa entrega permanente…
Que nos chancela como
sendo do outro propriedade
Como sendo do outro a
eterna prioridade…
Para os capitais pecados
sempre selados com o escaldante beijo
Que carimba a nossa
luxúria de desejo…
João Paulo S. Félix
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