Saudade do toque no
amor e na paixão…
Cheguei à beira de
uma elevação
De um ponto alto que
me permitiu sentar e dar aso ao acto de reflexão
E comecei a meditar…
em algo de que me fui recordar
De um sentimento: a
saudade
A saudade e a
nostalgia
A nostalgia de o
poder fazer dia após dia
O sentir… o tocar…
O tocar e o toque
Na pele, no corpo, no
leito corporal
Da pessoa fascinante,
aquela que deveras é especial
Saudades tenho da
manipulação dos meus cabelos
Saudades tenho de as
pontas das mãos usar
Para nos fios de ouro
de alguém amado poder pentear
Pentear ao sabor de
beijos feitos água
Essencial à vida,
essencial à humana existência
Da humana existência
repleta da essência
Essência e fragrância
de amor pelo ar
Um odor peculiar
Um aroma tão forte
quanto doce
Tão casto quanto
proibitivo…
Saudades tenho de
sentir a respiração
Sentir o sentimento a
pulsar em mim
De sentir-me
asfixiado pelos beijos de coração
Pelos beijos frutados
feitos pólvora de perdição
Que conduzem a actos
de amor e desejo
Actos de envolvência
e jogos de sedução
Jogos feitos com as
regras de paixão
Das regras que
instituem que tudo se faça com emoção
A mesma que
ininterruptamente pela a que se possa voar
Voar sem os pés dos
térreo espaço tirar
Voar sentidamente,
voar nitidamente
Num sentimento único
e de exaltação
Num sentimento avesso
a calculismos e amante da improvisação
Porque a mesma prova
maior da sensação
Do sentir amado, do
sentir o amor
Que saudades tenho de
poder amar
Que ganas tenho de
poder dizer amo-te
Que vontade tenho em
dizer: quero sempre a teu lado poder ficar
Para algo inolvidável
podermos vivenciar…
João Paulo S. Félix
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