Monday, May 31, 2021

Nas horas da madrugada...

 


Nas horas da madrugada...

Nas horas da noite me desperto

Para ter cada sentido bem aberto...

Aberto e preparado

Para o que vai ser narrado...

Para aquilo que é digno de um tratado

E vamos nos braços dos segundos...

Falando em sentimentos profundos

Aqueles que nos bem fazem...

Aqueles que nos envolvem

Aqueles que corações aquecem...

E emoções amanhecem

Nas noctívagas horas...

Aquelas em que tanto ris como choras

Mas seguimos confiantes...

Embalados pelos silêncios acutilantes

Aqueles que são marcantes...

E nos lembram ocasiões brilhantes

De respirações ofegantes...

De corpos nudos e suplicantes

Em gemidos e desejos desesperantes...

Para a subida ao céu dos infernos

Em cumplicidades de gestos ternos...

Nos quais de gera a entrega de esplendor

Naquela em que se vive: o sentimento de amor...

Com fervor, com delicadeza

Com o pensamento da nobreza...

Feita elevação de trato e de cumplicidade

Num estádio sem lugar à idade...

Num amor de inenarrável memória

De ser tão perfeita história...

De intimidade

De entrega nas noites da cidade...

Dos beijos trocados em seara alheia

E dados na imensidão da aldeia...

Ou dos carinhos lentos sem fila

Dados em qualquer viela da vila...

Porque amor é assim

O inusitado jardim...

De beleza e encanto

De ternura que afasta o pranto...

Porque o amor é audaz

E de tudo ele é capaz...

De superar e transcender

E de luz a vida preencher...

E ser a tónica bebida da motivação

Para que seja sentimento vivido até à exaustão...

Até ao infinito e mais além

Até aos pináculos das colinas sem desdém...

Porque amor é assim sentimento da alvorada

Falado, querido e sentido: nas horas da madrugada...

João Paulo S. Félix

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