Sinais da tua atracção…
Fomos jantar ao restaurante
Aquele que tu gostas…
Aquele que tem uma vista fascinante
Juntos na nossa mesa
habitual
Sinal de acto
rotineiro e normal
Ao som da música
nossa conhecida
Muita dela… Banda
sonora da nossa vida
Fomos desfazendo-nos
na entrega ao repasto
Que a cada um veio
dar a sensação da ser saciado… farto
E qual não é o meu
espanto…
Quando te vejo dobrar
o guardanapo
E o mesmo manipulares…
Beijares
E nele quiseste, os
teus vermelhos lábios gravares
Como que se uma
mensagem me pretendesses…
Pretendesses enviar
A mensagem de que… De
que me querias amar…
Amar naquele sítio e
naquele lugar
Um acto ousado e
deveras imoral
De se cometer…
Naquela zona trivial
Quando de ti me
abeiro… e te estendo a minha mão
Querendo-te de lá
arrancar para te levar à exaustão
De uma entrega… A
entrega na paixão
E nos fazemos
deslocar
Para um espaço: onde
a privacidade se fazia manifestar
E lá… Lá nos
entregamos sem preconceitos
E rasgamos roupas e
defeitos
Suspendemos
respirações e nos doamos em infernais beijos
Que aguçavam o
apetite de mais
De mais cumplicidade…
de mais cumplicidade que nunca é demais
Demais em amantes…
amantes seres de amor feitos casais
Que querem viver o
aqui e o agora com contornos divinais
Divinais em entregas
carnais
E em votos versados
em sentimentos: sentimentos espirituais
Porque assim é o
amar, porque assim é o amor
Um sentimento sem
razão, um sentimento de máximo esplendor…
João Paulo S. Félix
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