Thursday, July 14, 2011

Silêncio...



Silêncio…
O tempo passa, o dia corre, o mundo desvanece…
Luzes se acendem, horizontes se cerram e algo, de súbito, aparece…
Aparece e permanece: calmo, mudo, tranquilo, raivoso
O silêncio, sentimento e estado misterioso
Misterioso pelo que carrega, pelo que dele emana…
A sua paz, a sua revolta, a sua forma soberana
Por ti, contigo, em ti…
Muitas coisas pensei; em muitas delas batalhei: ganhei, perdi… poucas noites em ti dormi…
Silêncio que me fazes pensar: no que fazer, no que dizer, no que lutar
Silêncio, é no silêncio que muito se pode fazer… que muito se pode pronunciar
Muitos verbos cantar: o verbo viver, o verbo lutar, o verbo sonhar, o verbo amar
Silêncio que podes ser raivoso… pelo facto de seres tão silencioso
Raivoso pelas perdas da vida, pelas quedas da existência
Silêncio: elemento que confere essência
Essência ao viver do humano, ao viver neste belo e encantador cenário
Silêncio que foste o Alfa, que vieste do berçário
Estabelecer o teu corolário
De mística e sedução, de encanto e paixão
Porque no silêncio há amor, porque no silêncio surge a relação
Da entrega e devoção
A sentimentos vividos e sentidos pelo coração e impulsionados pela razão
Para nossa felicidade, para nossa realização…
João Paulo S. Félix

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