Ofegante essência do desejo…
O amor por ti é uma
perdição
É pedir à Divina
entidade permissão..
Para a ti me entregar
Para no teu corpo me
ensarilhar…
Sentir-te gravar em
mim cada dedo, cada mão
Fazendo em mim a tua
afirmação…
Afirmação e
demarcação
De território de
exclusividade…
Para o nosso amor sôfrego
de intensidade
Para a vivência da
altiva perdição…
Nos trilhos da
diabólica fornalha de excitação
Pelos nossos corpos
criada…
E por cada momento
exponenciada
Cada gemido, cada
olhar…
Que tudo faz despoletar
Vamos viver de modo
vertiginoso…
Este intenso momento
desejoso
De nós e para nós
preparado…
Pelo destino por nós traçado
No mapa da humana existência…
No mapa da nossa eloquência
Enquanto seres
infernais…
Coroados e fadados
para atos imortais
Como a vivência
Do amor feito
exuberância…
No charme, no
requinte
Sem que pensemos no
dia seguinte…
Sem pensar se no amanhã
ousaremos acordar
Como tal: o hoje é
imperativo não rejeitar…
Aproveitar e viver
Com a sede de querer beber…
Dos corpos unidos
Dos obstáculos abatidos…
Dos abraços de
coragem
Das pontes edificadas
para a outra margem…
Pela cumplicidade
gerada em cada beijo
Porque somos a
ofegante essência do desejo…
João Paulo S. Félix
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