Antologia de amor…
Respiro de modo
profundo
Proponho fazer trova
de algo vital ao mundo…
Inspiro… Olho em meu
redor
Sinto pulsar em mim
um inquieto ardor…
Que me impele ao meu
intento
Parto rumo ao meu sentimento…
O que quero
O que almejo de modo sincero…
Mergulho atirado do
penhasco da realidade
Para falar da mais
altiva modalidade…
De vida e de comunhão
Que cruza corpo, a
alma e o coração…
Estádio que acalma mas
que dispara
O fervilhar do sangue
que não para…
De em nós pulsar de
modo avassalador
Um sangue que sabe viajar
em fervor…
Um sangue do carnal
Elemento que se
agiganta para ser especial…
Um ser fora do vulgar
Neste mundus onde
ousamos cavalgar…
Onde cronometramos a nossa
existência
E fazemos dela una
mas infinita ciência…
Sangue, carne,
pensamentos
Que causam motivação
e alentos…
Para os dias de acontecimentos
cinzentos
És em mim luz feita
água consumida…
E fogo ardente que incendeia
em ti humana criatura seduzida
Seduzida e de sedução…
Que despoleta em mim
mais do que paixão
Mais do que a vontade
do sexo, da entrega ou do gemido...
A vontade de cada
caminho percorrido
No terreno fado feito
vida…
Vida por nós sentida,
feita, consumida
Vida que um dia nos
será subtraída…
Mas até esse momento
de repartição
Viver com sagaz devoção…
A nossa cumplicidade
feita com imaculado primor
Viver com
sofreguidão: a nossa antologia de amor…
João Paulo S. Félix
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