Monday, September 3, 2018

Antologia de amor...


Antologia de amor…
Respiro de modo profundo
Proponho fazer trova de algo vital ao mundo…
Inspiro… Olho em meu redor
Sinto pulsar em mim um inquieto ardor…
Que me impele ao meu intento
Parto rumo ao meu sentimento…
O que quero
O que almejo de modo sincero…
Mergulho atirado do penhasco da realidade
Para falar da mais altiva modalidade…
De vida e de comunhão
Que cruza corpo, a alma e o coração…
Estádio que acalma mas que dispara
O fervilhar do sangue que não para…
De em nós pulsar de modo avassalador
Um sangue que sabe viajar em fervor…
Um sangue do carnal
Elemento que se agiganta para ser especial…
Um ser fora do vulgar
Neste mundus onde ousamos cavalgar…
Onde cronometramos a nossa existência
E fazemos dela una mas infinita ciência…
Sangue, carne, pensamentos
Que causam motivação e alentos…
Para os dias de acontecimentos cinzentos
És em mim luz feita água consumida…
E fogo ardente que incendeia em ti humana criatura seduzida
Seduzida e de sedução…
Que despoleta em mim mais do que paixão
Mais do que a vontade do sexo, da entrega ou do gemido...
A vontade de cada caminho percorrido
No terreno fado feito vida…
Vida por nós sentida, feita, consumida
Vida que um dia nos será subtraída…
Mas até esse momento de repartição
Viver com sagaz devoção…
A nossa cumplicidade feita com imaculado primor
Viver com sofreguidão: a nossa antologia de amor…

João Paulo S. Félix

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