Regadora de flores e de amores...

Regadora de flores e de amores…

Querida e bela doçura

Pessoa por mim escolhida e amada: aquela que me faz sentir loucura

Mas ao actual estádio não cabe elencar tal momento

Porque me pediste algo, vociferaste activamente um intento

O saíres da casa nossa para te ires passear pelo jardim

Aquele onde te conheci, num momento ímpar e sem fim

Sem fim e que nos conduziu (qual mais que perfeito guião) ao actual

Actual temporal espaço sem ocaso

Saíste com o regador em punho e com um sorriso no rosto

Saíste e pensei que ias fazer algo que te dota de conforto

Foste regar as flores desse espaço

As flores que são cúmplices de cada passo

Cada passo, dado na nossa relação

Nossa relação feita amor e paixão

O relógio andava, o tempo ia avançando

Quando de ti começo a sentir carência

Quando o sentimento começou a apertar e me pediu em clemência

Para ir ao teu encalce, para ir ao teu encontro

No lugar do costume onde sempre nos podemos encontrar

E até lá eu fui, até lá eu fui dar

E qual não é o meu espanto

Quando te vejo docemente deixada na verde erva… que encanto

Para ti me cheguei, de ti me abeirei

E disse-te as palavras que sempre te direi

Amor meu, ser sublimado

Quero-te muito nos meus braços, porque sempre foste por mim esperado

Quando tu me silencias a boca com os teus lábios cheios de intenção

De intenção para fazerem uma demarcação

E fazerem dos meus lábios sempre teus

De fazerem dos meus beijos sempre tua propriedade

Para fazer do meu ser, sempre tua prioridade

Embalamo-nos no som dos campestres animais

Que nos quiseram dotar com as suas melodias ancestrais

Para alegrarem dois seres muito especiais

Cheios de algo vindo do coração

Algo dotado de um singular nome: um nome chamado paixão…

João Paulo S. Félix