Thursday, December 23, 2021

Alma aberta...




Alma aberta...

Pus de parte a dificuldade

Em que estava mergulhado: um mar de adversidade...

Para voltar a encontrar

A inspiração para recitar...

Para escrever

E descrever...

As emoções

De um coração de sensações...

De sentimentos

De humanos pensamentos...

Coloquei de parte com custo para o meu ser

O que me andava a fazer anoitecer...

E num clima de mágoa me encontrava

Porque a poesia não pulsava...

Mas do nada

No fim de mais uma dura jornada...

Tento-me transcender

Para algo fazer nascer...

Nascer e me fazer, de novo, amanhecer

Para o ato doce de dissertar...

Sobre algo de fascinar

Ou então... Sobre o que se passa

No mundano espaço da populaça...

E assim volto a desatar o nó

No frio, nudo e só...

Para transformar as tormentas

Nas boas esperanças das palavras e das letras...

E como é bom sentir a regressar

E poder de novo escrevinhar...

E tentado me sentir

A deixar fluir...

E com fervor

Escrever sobre amor...

Esse sentimento redentor

Que é na noite de frio o calor...

Sentimento de plenitude

Que causa serenidade e quietude...

Sentimento que nos faz vestir com gestos

Os caminhos feitos nossos trajetos...

Caminhos valorosos

E que nos dotam das cumplicidades

Com amores sem idades...

Porque assim simples

Se pode com nada escrever sobre o todo das realidades

As realidades: os amores... O amor com paixão...

Que em nós arde e nos consome com sofreguidão

Para nos fazer eternidade...

Para nos fazer pontuar com luz de imortalidade

Um sentimento que nos desperta...

Amor, o sentimento da alma aberta...

João Paulo S. Félix  

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