Sunday, August 1, 2021

Amor que é ato de alentar...


 

Amor que é ato de alentar...

Acalma-me a noite na sua essência

E o seu silêncio de promessas de inocência...

Serena-me a luz do candeeiro

Que me leva a redigir um roteiro...

De emoções e sentimentos

De saudades e pensamentos...

Um roteiro com ternura

Que seja relato de doce bravura...

Em amar

A esse ato se ousar...

Ousar chegar

Ousar realizar...

Para que a certeza seja una

A que não pertencemos a esta comuna...

Mas a uma realidade especial

Onde só chega quem faz real...

O doce estar no amor

No amor: sentimento de esplendor...

No amor docemente redentor

No amor e vontade de viver...

Para de todas as emoções se absorver

Para de todo o ósculo se beber...

O desejo de não envelhecer

E a vontade de o tempo gelar...

Para sem hora se abraçar

Para sem tempo de copular...

Na sôfrega necessidade

De fazer divina a imoralidade...

Da vontade da carne e da matéria

Coisa intensa e coisa séria...

Para se fazer nascer a plenitude

Que nos faz gerar virtude...

E ancestral atitude

A atitude da felicidade...

De viver amor sem idade

Um amor em qualquer localidade...

Um amor de especialidade

Um amor de eternidade...

Que nos grava na alma

O nome de quem a dor espalma...

O nome de quem afasta a solidão

O nome de quem tem o código do nosso coração...

E nele mora e habita

E nele tudo faz existir de forma gratuita...

A gratuitidade da bonança

A existência da boa esperança...

Num amor para completar

Num amor para exacerbar...

Um amor... Amor que é ato de alentar...

João Paulo S. Félix

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