Serenidade...
Ligo o barulho das luzes
E desligo do inferno das cidades...
Acendo num candeeiro a esperança
De ter nele luz de segurança...
Para algo fazer surgir
Para ao mundo advir...
Algumas linhas de fuga
À correria que causa ruga...
Do ruído ensurdecedor
Que ao Humano causa dor...
Olho para o vazio do exterior
Sinto de fora o seu odor...
E nada ouço, nada vibra
Nada que tenha pujança ou fibra...
Que deleite este o do silêncio
Que ao mesmo tempo cria labareda de incêndio...
Na alma dos pensamentos
No coração dos sentimentos...
O silêncio convidativo
A fazer pulsar o pensamento proibitivo...
Que possa ser obsceno ou de sensualidade
Que faça até corar a Humanidade...
E surge sem findar
O pensamento a declamar...
E que ordena que seja para narrar
Emoções do coração...
Ardores de turbilhão...
De amor e paixão
De êxtase e exaltação...
Na sôfrega entrega
Que não se priva ou se nega...
Do amor que se sente
Que jamais nos torna ser carente...
Do amor que nos invade
E que se dá a conhecer à Humanidade...
Que em palavras, gestos e atitudes
Mostra ternuras e carinhos amiúdes...
Que delicioso poder falar
Do amor que faz despertar...
Que é vida na noite e calma de dia
Que nos encaminha e que nos guia...
Que está sempre em nós sendo presente
Sentimento feliz e contente...
Que nos confere a imortalidade
Que nos traz a toda esta carga de serenidade...
João Paulo S. Félix
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