Hoje tenho séria proposição
E tese a defender até à exaustão...
Que a outonal estação
Que vivemos na atual condição...
Foi gerada e criada
E pelo altivo Deus fadada...
Para ser predestinada
A viver de forma mais chegada...
Algo realmente imponente
Algo sempre presente...
O sentimento do amor
E explico tudo ao rigor...
Com o Outono a brisa começa a soprar
Para se querer ter alguém para abeirar...
Abeirar e a nós mesclar
E jamais de nós se apartar...
Com esta estação
Surge uma sensação...
Talvez por se vislumbrar
A folha que no chão se ousa derramar...
E com essa forma de atuar
Sentimos a solidão a nos visitar...
E com ela o ensejo
De ter quem nos dê um beijo...
E que realize o nosso desejo
De proximidade e cumplicidade...
De ternura e eternidade
De presença e vigor...
Para da nostalgia não se sentir o sabor
O outono da reflexão...
Que nos desafia a chamar o coração
E a ver toda a batalha já travada...
E toda a barreira ultrapassada
Que na vida a dois...
Sem pensar no depois
Tudo se simplifica...
Toda a vida se descomplica
Porque neste outono vivido...
Se sente que o caminho é de duplo sentido
O qual deve ser por ambos calcorreado...
Para se estar sempre ao lado
Quando mais cedo o sol descer...
Quando a lua se der a conhecer
Porque quando surge o outono das mil e uma cores
Dos cheiros de brasas, de lenhos e de castanhas nos assadores...
Porque quando se começa a ver
O frio a dar-se a conhecer...
Quando tudo isto se começa a viver
Algo se quer com furor...
A cumplicidade do sentimento: nos outonos de amor...
João Paulo S. Félix
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