Quando te falava... Falava com o coração...
Quero hoje confessar
Trazer algo ao mundo e revelar...
Algo intenso e interior
Um sentimento de esplendor...
Confessar mágoa e dor
Pela distância do beijo consolador...
Confessar saudades
Saudades das utilidades...
Quero poder dizer
Que tu és quem me faz viver...
Quero na lei da humana existência
Dizer que vale muito para mim a tua essência...
Essência e matéria
O teu ser: Falo a sério: o que sinto é emoção séria...
Quero poder dizer
Que sem ti, não faz sentido o amanhecer...
Que sem ti para me nortear
Não faz sentido qualquer passo mais dar...
Quero poder ainda mais exteriorizar
Que não paro de estar em ti a pensar...
Amo-te mais do que a mim mesmo
Que o que nutro por ti é sublime e supremo...
Que o que me fazes sentir
É corpo em êxtase e rosto a sorrir...
Que o que tens
Me alimenta mais do que os vis pães...
Que a tua sensualidade
É vontade de ousada imoralidade...
Que o teu estar
Faz o meu se desorientar...
Porque és vida
Porque és a única corrida...
Que vale a pena correr
Porquê? Porque tu és o ser...
Aquele que é Alma e Ómega
Aquele que o meu ser não nega...
Porque és quem mexe com o meu âmago
Porque és quem quero comigo no lago...
Neste lago que é o pequeno mundo onde vivemos
E onde só temos derradeira vida para sermos...
Sermos e fazer acontecer
Porque és os meus tempos: o acordar e o adormecer...
És sonhos, és vontades...
De doçuras e maldades
És remédio para as minhas agruras...
É contigo que almejo as infernais diabruras
Porque digo que te amo com sinceridade...
Porque te digo isso com sede de imortalidade
Porque quando digo que te amo: quando és fogo da paixão...
Porque quando te falava... Falava com o coração...
João Paulo S. Félix
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