Sacramento das imoralidades...
Ordeno que te dispas
Sim, estou a mandar, não insistas...
Em não cumprir a minha demanda
Sim sou eu quem manda...
Sim esta é a minha real natureza
Com aspereza e dureza...
Sim deixa que seja ordinário
E que cumpra as vontades do nosso corolário...
Sim despe-te toda e fica nua
E vamos cumprir o desejo de forma crua...
Anda: fode-me até às entranhas do prazer
Sim até aos líquidos do orgasmo fazer escorrer...
Nos delírios e nos gemidos
Que atascamos e ficam comprimidos...
Na rotineira veste que trazemos
Sim vem sua devassa...
Porque é tua a minha alma e a corpórea massa...
Porque sei que também é a tua vontade
De trazer a lume essa realidade...
Sim porque sei que também é o teu querer
Que te faça sentir verdadeiramente mulher...
Porque sei que queres que te penetre até à alma
E fazer do nós chama ardente que tudo acalma...
Vem sem cessar
O tempo tende a não parar...
Mas não me aches vil animal
Porque não sou só visceral...
Porque sou doce e de afetos
E de gestos fraternos...
Porque contigo me preocupo sem vacilar
Porque penso no que estarás tu a pensar...
Porque te suspiro com desejo de te beijar
Porque tu és amanhecer...
Dos meus ensejos de viver
Porque és a minha ninfa de salvação...
Quem me faz afastar da abominável solidão
Porque quando ao exteriores sais...
Sem eu saber onde vais
Digo que agasalhes o teu corpo...
Porque ele leva os meus sentimentos: aqueles que não poupo
Aqueles que são teus para toda a eternidade...
Porque és minha água: minha doce vitalidade
Porque és minha vida e meu manancial...
Porque és tu a especial
A que dá razão ao existir vida...
Ao dar sentido a toda esta vital corrida
Para sermos doce e plena unidade...
Sem ocaso e sem idade
Para sermos caso de estudo de Universidades...
Para sermos sempre no amor: Sacramento das imoralidades...
João Paulo S. Félix
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