Na suavidade do pensamento...
Decido desligar do mundo
Do seu barulho muito profundo...
Para em mim me refugiar
E poder em algo pensar...
Pensar e libertar
Algo sincero e sentido...
Algo intenso e colorido
Com as cores dos afetos...
Aqueles vividos com os corações abertos
E com a sintonia de cumplicidade...
Vivida com toda a doçura e unidade
Aquela que me faz ser da tua gente...
Aquela que me deixa alegre e contente
Da tua gente e da tua mente...
Que faz fugir a tudo o que possa ser deprimente
Sou da tua gente e da tua pessoa...
Aquela que o meu ser povoa
Com os sentimentos que nos unem...
Com as ternuras que os tempos não punem
E vivermos a plenitude...
Que nos dá quietude
Como se junto ao mar estivéssemos...
E o mesmo ouvíssemos
E lhe pedíssemos...
Que levasse a mácula
E a crueldade da gula...
E nos envolvesse com o seu sal
Para salgar o coração...
Temperado na paixão
Da nossa doce união...
E fizéssemos perante ele a jura
De ver no outro a eterna cura...
Para os males da ardilosa sociedade
Que tudo quer ver a arder na crueldade...
Para sermos refúgio e bonança
E ser colo terno na boa esperança...
E ser olhar acolhedor
Que beijar para afugentar a dor...
Beijo dado com sentimento e amor
Beijo como se o amanhã não fosse haver...
E o acaso viesse a Terra comer
Beijar-te como se o mundo fosse acabar...
E o nós viesse ser efémero de se realizar
Mas, enquanto a luz não se apagar...
E tudo não vacilar
Vou sempre te amar...
E sempre te desejar
Na corte intensa da sedução...
Com a qual me moves e me deténs a atenção
Porque és todo o meu contentamento...
Porque para mim és tudo: Na suavidade do pensamento...
João Paulo S. Félix
No comments:
Post a Comment