Aos olhos do coração...
Pede-me a noite para descansar
E neste frio de dezembro me confortar...
Ao sabor do calor e da lenha a estalar
E com sinfonias que pairam no ar...
E por mim dou na doce arte de pensar
Pensar e fundo respirar...
E do nada vem o sorriso
Que bom: era tudo o que eu preciso...
No final da jornada
Intensa e malfadada...
Em que penso em ti: em ti pessoa amada
Em ti: sim... Criatura abençoada...
E criação
De seres de perfeição...
Os teus fundadores
Que cumpriram os desígnios redentores...
De gerar alguém para afastar as minhas dores
Alguém para saber ler os meus silêncios...
E saber-me conhecer nos dias mais arredios
Alguém que sabe fazer surgir em mim pecaminosos
Pecaminosos e ardentes arrepios...
Aqueles que fazem bradar suspiros
Em momentos de intensos e carnais delírios...
Tu que és a felicidade
Feita amor sem lugar ou idade...
Tu que és a primavera verdejante
E calor de verão em mim sempre constante...
Tu que também és nos invernos o meu calor
Tu que és tudo: tudo és tu meu amor...
Tu és o tudo em toda a parte
És do amor a mais requintada arte...
És da cumplicidade
A criação que me eleva para a eternidade...
Porque és a tentadora e a casta
Porque és a minha calma mas também que me devasta...
Porque és o furacão da serenidade
Porque és tudo para mim: com toda a marca da verdade...
Porque és
Quem trilha os passos para os meus pés...
Porque somos viajantes
Juntos para momentos fascinantes...
Fascinantes e deveras marcantes
Que sejam criadores da nossa máxima unidade...
Que sejam obreiros do nosso amor de perpetuidade
Que sejamos juntos força maior...
Para fazer vingar algo de superlativo valor
O sentimento de fascinar...
O sentimento de te amar
E de sermos amor de infinita dimensão...
Para sermos felicidade: aos olhos do coração...
João Paulo S. Félix
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