És tu quem me faz viver...
Escrevo-te ao sabor da saudade
Da saudade e com travo de crueldade...
De te ter longe e distante
De não te ter a todo e a qualquer instante...
Escrevo-te ao sabor do amor
Do sentimento sentido que nutro, por ti, meu esplendor...
Por ti ser de garra e coragem
Por ti ser que não és sereia ou miragem...
Tu que és ser real
Real e deveras especial...
Um ser de luz e plenitude
Um ser feito minha vida e completude...
Escrevo-te como os ancestrais
O faziam a criaturas colossais...
Aquelas que são as deusas dos seus ais
Escrevo-te e escreverei ainda mais
Porque tu és quem me faz viver...
Porque tu impedes que haja vontade de adormecer
Porque tu és a força e a motivação...
Para enfrentar do mundo cada feroz confrontação
Porque és quem me inspira...
E és o ar que o meu ser respira
Um ar puro de doce vitalidade...
Um ar quente de candura e fraternidade
Um ar que afaga a chama do peito...
E o desejo de me encostar no teu leito
E afastar o puritanismo...
E cometer o sensual ato do erotismo
Em que te desejo, amo e aclamo...
Em que nos despimos para a moralidade
E nos devoramos com ardente vontade...
De algo insaciável
De algo superlativo e admirável...
De algo que nos faz gemer e suar
E toda a solidão libertar...
Em forma de gotículas de suor
Que nos torna amados no sentimento do amor...
Do amor que nos une
Aquele que nos torna imune...
O amor que nos mescla eternamente
O amor que é fornalha incessante...
E caminho certo para o ser errante
Porque te escrevo a dizer meu amor...
Porque te escrevo a falar da minha dor
Da saudade de esplendor...
Do quanto és o meu mundo
Do quanto eu, sou teu, no meu eu mais profundo...
Do quanto, sem ti, não sei o que é ser um ser
Porque és tu: És tu quem me faz viver...
João Paulo S. Félix
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