Nos retalhos... O amor...
Na viva vivida
Aquela da infernal corrida...
Em que somos pedaços de mundo
Num universo adverso e profundo...
Numa realidade de realidades
Em que se mesclam muitas verdades...
Temos pequenos pedaços
Que juntamos para por fim aos estilhaços...
Porque na vida somos fragmentos
E somos cola de ligação e cimentos...
Que solidificam sentimentos
Porque na vida: qual artista...
Pegamos e matamos a nossa índole derrotista
E nos vestimos de coragem...
Para remar até outra margem
Onde dos cacos humanos...
Façamos tesouros soberanos
E deixemos penetrar...
Na nossa vida: quem os queira concertar
Quem os deseje unir...
E para nós docemente venha a sorrir
E sejamos plena cumplicidade...
Que façamos fascínio
Do nosso terno desígnio...
Que consigamos fazer
Com que o choro se venha a deter...
A tristeza jamais venha a suceder
E o sol...
Seja algo bom: um farol
E o luar...
Seja nossa estrela de fascinar
E seja a lua nossa confidente...
E seja ela confessora da banal gente
E que sejamos artesãos...
Para cuidar com minúcia o que temos em mãos...
O coração
De quem veio dar razão...
Ao nosso viver
Então: que saibamos proteger...
Cuidar e preservar
Que saibamos os fragmentos unificar...
E juntos a plenitude visitar
E nela: nela eternamente ficar...
Para vivenciar
O ato de se ser amado e poder amar...
E poder criar tudo de um nada
E poder ter a nosso lado: a pessoa fadada...
Para ser companheira da humana jornada
Porque saibamos ser alfaiates com fervor...
A coser... nos nossos retalhos... O amor...
João Paulo S. Félix
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