Nas noites dos amores...
É nas noites das madrugadas
Aquelas muito esperadas...
Em que se dão largas
Aos desejos e palavras...
É nas noites das madrugadas
Aquelas muito cobiçadas...
Que sentimos a plenitude
Da calmia da solicitude...
De deixar falar
Os termos que a alma vem a soltar...
É no silêncio da mansidão
Que ouvimos o coração...
E dele toda a emoção
É durante o noturno período...
Que falamos do sentimento sem soldo
Daquele sem moeda de troca...
Daquele estádio que nos provoca
Todo o ardente desejo...
De carícia, do infernal beijo
É na noite que se tende a divagar...
E o corpo do outro suplicar
Para realizar...
Fantasias e caprichos
Em bacanais ou nos cúmplices rebuliços...
Sentir o suor a despontar...
E o bater intenso do ato de gritar
Sentir o escorrer...
Dos líquidos que se tendem a verter
Na vertiginosa loucura...
Do amor feito aventura
Imensa e derradeira...
Do amor que não conhece fronteira
Amor: palavra exata que não desilude...
Amor sentimento ao qual se alude
Quando queremos falar de felicidade...
Quando queremos a eternidade
De algo vivido e sentido de verdade...
Algo que dá alma e vida
Algo que é resposta à existência sofrida...
O amor feito mais que filosofia
Mas ciência que se desafia...
A nos convocar
A nos imortalizar...
Amor vontade de viver
Do outro e ser para ele amanhecer...
Amor feito flor
De ternura e esplendor...
Amor feito doces odores
Sentidos e cobiçados... Nas noites dos amores...
João Paulo S. Félix
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