Doença incurável...
Na vida nada tende a acontecer
Sem se contar ou se prever...
Na vida orientada
Em que toda a incidência é planificada...
E orquestrada
Ao compasso da hora marcada...
Em que tudo é mecânico e melancólico
Criando constrangimento e cenário bucólico...
Até que somos infetados
E eternamente contagiados...
Por um vírus imortal
Que tende a se tornar memorial...
Memorial e memorável
De acontecimento de fulgor...
Originando com ardor
O amor...
Sim uma doença que ataca os humanos seres
E muda todos os seus viveres...
E todos os seus afazeres
Vidrando o pensamento...
Em quem é causa do nosso contentamento
Colocando o nosso coração refém...
De quem é incrível e lhe convém
Que sentimento este infernal...
Que vem a ficar e a ser deveras especial
Um ser altivo: uma criatura...
Dotada de esplendorosa formosura
E se o amor for loucura...
Não quero dele descobrir a cura
Porque se o amor nos deixar senis...
Quero que saibas que contigo fui feliz
Fui, sou e serei...
Porque te amo e amarei
Porque te quero e quererei...
Porque te desejo e sempre te desejarei
Porque és a diva que faz de mim um rei...
Um rei que tem o trono na paixão
Que é o teu condado de perfeição...
Porque nesta doença sentida
Que dilui a dor da vida sofrida...
Neste sentimento que nos envolve
E que do mundo nos dissolve...
Somos levados a cair
No amor... E dele não mais sair...
Porque isso não acalentamos
Porque o amor sublimamos...
E o mesmo agarramos
Para viver...
E dele nunca mais o rasto perder
Para sermos um só inseparável...
A vivermos o amor... Que é doença... Uma doença incurável...
João Paulo S. Félix
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