Pelas entranhas da madrugada...
Seguem os minutos
Nesta noite de silêncios...
Em que só brilha o som da luz
Que me ilumina e me induz...
A este ato poder praticar
De dedos num teclado gravar...
E algo fazer originar
E movido pela vertigem...
Da adrenalina da origem
De toda a inspiração...
Que pulsa do coração
Almejo escrever com sofreguidão...
Algo que seja minha vital recordação
E possa ecoar por todo o tempo e por toda a estação...
Algo que me confirme
De modo pleno e firme...
Como ser de emoções
E de doces recordações...
E segue o tic tac do relógio analógico
E dou por mim a pensar em nada lógico...
O amor...
Esse sentimento de esplendor...
O amor não tem lógica
Porque o que o tem é a oportunidade histórica...
De sagrar nossos nomes para a eternidade
Como seres de amor sem idade...
Como seres com vivências de saciedade
Dos humanos desejos...
Dos carnais e viscerais anseios
Em aos orgásmicos patamares chegar...
Como quem no Éden ousa entrar
Por ter feito amor
O amor do sexo das almas: seu redentor...
Que êxtase e que catarse
Os beijos, os gestos, os corpos a entregarem-se...
A temperaturas vulcânicas
A imoralidade quase satânicas...
Que são divinas e consagradas
Muito queridas e amadas...
Amor: sentimento magno
Vivido neste espaço mundano...
No qual
Vivemos tudo de modo maquinal...
Menos o amor e a paixão
Que são de séria e nobre condição...
E que está ao alcance
De quem proporciona a chance...
De ser criatura predestinada
Ao amor... Pelas entranhas da madrugada...
João Paulo S. Félix
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