Luzeiro...
Nesta hora desta noitada
Que dá início a nova jornada...
De breu e escuridão
Na qual a média luz é a solução...
Para ter clareza
E nela sentir e tocar a pureza...
Que tende a ter leveza
Leveza de serenidade...
Da calma da alma da cumplicidade
Seguem os tempos do maquinal relógio...
E do nada, respiro e sorrio
Com o extravasar...
Do que em mim se veio a instalar
Instalar e apoderar...
Algo arrebatador
Quitador de qualquer dor...
Algo que é fascinante
E verdadeiramente eletrizante...
A eletricidade do coração
Que faz pulsar a emoção...
Que serve de ventilador
E é elemento redentor...
Do nada soa música envolvente
Para criar um clima efervescente...
Algo transcendental
Único, ímpar e especial...
Muito fora do normal
Algo sacro e mundano...
Um sentimento soberano
Algo a que os antigos aspiravam...
E aos seus deuses suspiravam
Os gregos, os romanos
Aos poli deuses de que estavam rodeados...
E pedido esse que chegou aos nossos dias
De infernais vertigens e correrias...
Em que simplesmente há algo que nos suaviza
Um sentimento que nos diviniza...
O amor
Esse magno estado de esplendor...
De cumplicidade entre a terra e o mar
Entre o ser amado e o poder amar..
Quem nos mostra os caminhos
Quem nos oferta os carinhos...
Dádiva altruísta
De alguém muito egoísta...
De quem quer o seu bem estar
Porque esse lugar, é do ser que veio a desejar...
O ser que completa, que ampara e existe
Na memória, no coração: ser que nunca desiste...
De dizer que ama: com sentimento que inflama
Que quer viver algo muito mais do que uma cama...
Que quer viver do sentimento que o destino lhe deu
Viver algo pleno e perfeito: mais do que Julieta e Romeu...
Amor que és ser que me faz sentir inteiro
Amor te peço: sê o meu farol, sê sempre o meu luzeiro...
João Paulo S. Félix
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