Dialeto dos afetos...
Na nossa multiplicidade
De mundo de universalidade...
Em que vivemos no meio cosmopolita
Em que a sociedade corre, explode e grita...
No cosmos da nossa existência
Há metafísica ciência...
Que tudo ajuda a facilitar
E que o ser humano vem a incentivar...
A linguagem
Que permite deixar de sentir à margem...
Uma língua feita dinâmica
Em vestes com dose elétrica...
De energia sem fim
Como o odor doce do jardim...
Em que se refuta o fel
E se almeja o suculento mel...
Há na linguagem várias dimensões
Que tornam reais as ilusões...
Há a linguagem falada
Que se usa pela voz da criatura formada...
Voz doce e penetrante
Para dizer o que é importante...
E deveras fascinante
O que em nós vai...
O que de nós não sai
Há a linguagem
De real imagem...
Do dizer que se ama
Que alguém nos inflama...
Que alguém nos povoa
Que alguém é coisa boa...
Há a voz dos carinhos
Demonstrados e trocados...
Os atos corporais
Que nos tornam imortais...
Nos beijos, nos abraços
Que se querem em todos os espaços...
Para serem expoente
Da fuga da condição de indigente...
Há a linguagem do olhar
Que simplifica onde a voz tende a vacilar...
Para tudo fazer acontecer
E dar certificação de que se está a viver...
Há da alma, também, uma linguagem
Que é pensamento constante e de viagem...
A cada acontecimento
Do amor feito alimento...
Há da linguagem a verdade
Da sua multi-lateralidade...
Uma linguagem sem idade
A linguagem feita ato, sentimento e gestos...
Linguagem que é o dialeto dos afetos...
João Paulo S. Félix
No comments:
Post a Comment