Razão de eloquência...
Queria poder falar
Sobre algo de inquietar...
Algo que priva do sono
E conduz a altivo trono...
Algo que é deveras especial
Algo sublime e sensacional...
Um estádio
Resultante de um gládio...
No qual lutam o tédio e a solidão
Contra a bonança e a paz do coração...
Uma luta helénica
Com adrenalina e muito frenética...
Porque é a fuga ao fugaz
E dar um passo firme e capaz...
Para conquistar o paraíso na humana existência
Em que se vivem sentimentos sem prudência...
Porque o que nos invade
É arrebatador de verdade...
Porque o que nos inunda
É o que tudo funda...
Funda e faz surgir
No mundo para algo emergir...
O sentimento mais exacerbador
O sentimento do belo: o sentimento do amor...
Que feliz sentir esse contentamento
Que não se contenta sentindo o vento...
Porque amor é o sentimento do alento
Para viver sem arrependimento...
Porque amor não é o tempo do relógio cronometrado
Porque amor não se mede com banal instrumento comprado...
Mas sim pelo sentimento sublimado
Que nos faz coragem obter...
Para o mundo todo querer
Debater e questionar...
Para uma posição firme vincar
A posição de que se quer sempre amar...
Amar e ser amado
Encontrar e ser encontrado...
Para completar: completar e ser completado
Porque amor é o encaixe da imperfeição...
De seres em busca de vital razão
Para não desistir de viver nesta mundial nação...
Mas encontrar a vontade para viver
A vontade para um novo amanhecer...
Na incerteza do amanhã que pode não chegar
Mas no qual se quer muito mergulhar...
E nele fazer com que se viva algo de maravilhar
O amor, o belo e a perfeição...
Do ósculo, do abraço da penetração
Que dá vital sagração...
E especial consagração
Para que sejamos amor sempre em efervescência
Para que sejamos: Razão de eloquência...
João Paulo S. Félix
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