Amor de felicidade...
As dúvidas que conta tomam
Dos meus dias que deformam...
E me levam a tempos infinitos
De pensamentos nada contritos...
Pensamentos esmagadores
E da mente redentores...
Pensamentos de vida e de morte
De azar ou de muita sorte...
Porque dou por mim a pensar
Num altivo ato de cogitar...
Sobre o que vale a pena
Sobre o que nos dá confiança plena...
Porque algo me tende a assaltar
Um raio mental de fascinar...
Que me diz: de que vale morrer?
Sim, se na realidade na vida não tendemos a amanhecer
Sim, se na vida mesmo vivida
Não a sabemos ter como sendo colorida...
Repleta de exuberância
Com algo de significância...
E como sendo desfrutada
E saboreada...
Mas antes vilipendiada
E furtada...
Como tal
Que se viva de forma especial...
Alucinante e fora do normal
Que se aproveite o minuto do segundo...
Com ato verdadeiramente profundo
Que se saiba agarrar...
O sinal que a vida vem a regalar
Um gesto, uma carícia, um olhar...
Que vem tudo despoletar
Que vem para algo convidar...
Para o ato de amar
Amar e ser amado...
Porque sem tal a vida é triste fado
E uma existência de embargo...
Estacionados no largo
Que se agarre o amor...
E todo o seu fulgor
Porque da vida levamos afetos...
Para a mortalidade dos restos
Porque para a memória se levarem retratos...
De beijos ternos e desejados
E ser autor de completude...
No amor de cumplicidade
Num sentimento de vitalidade...
No amor: No amor de felicidade...
João Paulo S. Félix
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