Quando somos do amor, o maior ensejo
Quando dedilho para escrever
Sobre as emoções que me fazem viver...
Quando deixo a lágrima soltar
E ela humano me tornar...
Dou por mim a engolir
Todo o mundo que tende a existir...
Dou por mim num exercício transcendental
De querer ousar ser imortal...
Quando dou por mim a escrever
Mil e uma coisas podem acontecer...
Quando dou por mim a escrever
Sinto vontade de correr...
Sair, bater a porta e os fantasmas afugentar
Quando dou por mim...
A sobrevoar um jardim
A sentir o belo e a natureza...
A sentir plenitude e leveza
Quando dou por mim a sentir a calma...
Que é terna e que embala
Quando dou por mim a chamar...
O teu nome para o ato de amar
E o coração: o coração solta a disparar...
E a adrenalina tende a exacerbar
Quando por ti venho a clamar...
Para te dizer que te quero beijar
Mil e uma imoralidades tendo a pensar...
Que quero contigo realizar
Para dar corpo e lugar...
À cumplicidade que nos veio a mesclar
Quando em ti penso...
Desejo-nos envoltos em incenso
Nesse aroma e fumo que santifica...
Os nossos seres e nos dá veste satânica
Para o gemido nada comprimido...
Para o suor fruto do calor...
Do calor do nosso amor
Quando te quero mais do que a mim...
Sim
Quando és tudo para o meu ser...
Quando és a razão de tudo acontecer
Quando és o fragmento da minha perfeição...
Quando és o meu pedaço de sublimação
Quando dois fazemos um só...
Que tudo destrói e torna em pó
Toda a cólera, ira e maledicência...
Quando és tu a minha essência
Quando és tu solução...
Para o encontro da humana coroação
Quando por ti chamo, quando te amo e te desejo...
Quando somos do amor o maior ensejo
João Paulo S. Félix
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