Desejo afrodisíaco...
Penetro no íntimo mais fundo das emoções
Para vasculhar de nós, presentes recordações...
Procuro no coração
Onde nos tenho em exaltação...
Em plenitude
Em completude...
É dentro de mim, meu amor
Que se exalta um fogo ardente de esplendor...
Um fogo que queima a humana dor
E nos dá veste de ser enternecedor...
Uma veste sexualmente moral
Para a realização de algo sensacional...
Com beijos lânguidos
Com toques cândidos...
Por entre olhares malévolos
A tocar a heresia e os atos ousados...
Com vontades infernais
De corpos nudos e muito mais...
De fazer os gemidos ser voz
De vontade frenética atroz...
Na qual vasculhamos as vontades alheias
E fazemos delas loucuras verdadeiras...
Nas qual fluidos queremos libertar
E com eles os pecados poder expiar...
Nas centelha que nos galvaniza
A viver os quereres que os anseios tranquiliza...
E da noite dia fazer
E nesse hiato tudo acontecer...
E o tempo do relógio desistir
De contar porque há algo superlativo a existir...
Um sentimento
Um alento...
Que enche a alma de contentamento
Um sentimento que é humano fermento...
Para a vivência fora de crueldade
Do amor sem idade...
Do amor que causa serenidade
Porque somos fadados...
Porque somos predestinados
A ser como Pedro e Inês...
Autores maiores do que o amor fez
E sermos final mais feliz do que Romeu e Julieta...
E sermos mais do que historieta
Mas sim amor que não vem no folhetim...
Mas que se sente do principio até ao fim
Da nossa humana existência...
Para sermos unos na perfeita ciência
Para sermos a entrega mais perfeita ao prazer...
Que faz de nós deuses sem anoitecer
Deuses condenados ao paraíso...
E a viver a realidade... Do desejo afrodisíaco...
João Paulo S. Félix
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