Verões de invernos...
Somos momentos e instantes
Somos seres imperfeitos e muito errantes...
Somos a perfeição da realidade imperfeita
Somos a imensidão da noite inverneira...
Daquela noitada fria e gélida
Que convida ao pensar na vida...
Que nos leva ao mergulho
No nosso mar de orgulho...
E ver as feridas e os acontecimentos
Que nos fizeram superar marés e fortes ventos...
Que nos fizeram mais intensos
Contra todos os contratempos...
Somos do passado ensinamentos
Mas também nele temos os fontanários...
Onde bebemos com a incessante sede
A vontade que não se rende...
De amar
De realizar...
Todos os devaneios
Todos os infernais anseios...
De delírio
De exaltação do aroma do lírio...
Fazer intensidade
Do ato sôfrego da cumplicidade...
Em que os corpos se mesclam
Em que se marcam...
E se dão
E fazer surgir a elevação...
Da carnal temperatura
Sem fineza ou brandura...
Para apocalípticas graduações
Que façam pulsar ações...
Selvagens
De seres loucos em paixão...
E com vontade de exaltação
De viver...
Algo que nos faz amanhecer
E despir vestes noturnas...
Solitárias e obscuras
Para nessa veste de luz...
Viver um amor que tudo conduz
Que a tudo dá sentido...
Para ser até ao limite vivido
Porque há vidas no amor...
Esse sentimento de esplendor
Um sentimento que faz...
O humano ser de tudo ser capaz
Porque no amor: vivemos os calores doces e ternos...
Porque no amor fazemos surgir: Verões de invernos...
João Paulo S. Félix
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