Sinceridade do coração...
Na noite da mansidão
Naquela em que só estou com a solidão...
Em que convido o silêncio da luz
A dar cor ao que me conduz...
Na noite da solidão
Em que escrevo ao sabor da emoção...
Sou levado e desafiado
Pelas névoas da noturna ocasião...
A desabafar a minha doce oração
Aquela prece...
Feita com o sentimento que enaltece...
E vou escrevendo
Ao sabor do sentimento que recomendo...
Escrevo no silêncio da jornada
Aquele que será interrompido pela alvorada...
Escrevo com a verdade
Que pode ser rude ou dotada de crueldade...
Porque me leva ao ato de despir
O corpo, a alma e dizer o que estou a sentir...
E sinto... Sinto e sinto muito
Muito mais do que um segundo ou minuto...
Sinto uma voz a clamar
A pedir para não ostracizar...
O sentimento que vem a realizar
o nobre ato de amar...
Sinto com altiva dimensão
O amor de tamanha elevação...
Como é possível amar sem medida
Como se consegue arrojar de forma destemida...
Numa realidade que invade
Que nos povoa sem maldade...
Que nos dá como oferenda
A paz, a serenidade... a calma da humildade...
De amar mesmo sem se falar
De se querer mesmo sem se dizer...
Como, Deus meu
Foi acontecer isto com o meu eu...
Este estádio de bradar ao céu
De querer sair a correr...
Sem cessar, parar ou sem mais energia haver
Para poder gritar...
E bradar em bom bradar
Que nobre é amar sem olhar...
Ao mundo, ao planeta onde estamos a habitar
Que deleite o meu de sentir...
Com altivez o que me faz existir
E que provavelmente é minha missão...
Enquanto vivente até à minha exaustão
O viver o amor... o viver... A sinceridade do coração...
João Paulo S. Félix
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