O mal do amor...
Há um mal maior
Num sentimento de esplendor...
Há um mal terrível
Horrendo e temível...
Porque o amor é retratado
No cartaz do supermercado...
No folhetim ou na revista da social crónica
Como realidade estratosférica e antagónica...
Como algo banal e trivial
Amor é até realidade no corriqueiro jornal...
Que vende o sentimento como algo nada especial
Amor é também exposto pelas películas de cinema...
Ou observado nas novelas do drama
Porque fazem do amor...
Desse sentimento de fervor
Algo sem sabor...
Como algo fugaz
Como realidade que qualquer um é capaz...
De poder alcançar
Atingir e abraçar...
Mas tal
É irreal...
Porque amor é para predestinados
Para seres não riscados...
Da divina lista dos amados
Dos seres que são mortais...
Aqueles que choram e soltam ais
Porque o amor é o grito...
Que não fica contrito
Mas que sai e nos inunda...
E tem a força que nos afunda
Na solidão e constatação...
De solitária condição
Quando o coração...
Mais ambiciona a junção
Junto de quem ama...
De quem o inflama
De quem o completa...
De quem é sua meta
Para a plenitude...
Para a completude
Porque amor é seriedade...
Vivida com responsabilidade
Longínqua da retratada...
Pelos meios sociais sem sociedade
Porque amor é a vitalidade...
É sentimento sem lugar ou idade
Sem prazo de validade...
Porque amor é prova de fogo ardente
Que nos quita da carente...
Carente realidade
Porque amor é sentimento na Humanidade...
Porque amor é perfeição feita de vida e valor
Porque este é o total... Porque este é o mal do amor...
João Paulo S. Félix
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