Estou nas tuas mãos...
Confesso a minha condição
De prisioneiro a uma causa ou missão...
Declaro o crime de lesa pátria
De ter querido a cumplicidade na vida fria...
E o afastamento da solidão
Que faz sofrer o pequeno coração...
Afirmo que alinhei a coordenada
Da bússola desorientada e desalinhada...
Porque quis buscar um norte
E alcançar a preciosa sorte...
Porque a ti me entreguei
Porque ao amor nos confiei...
E aqui estou eu
Feito teu Romeu...
Por ti manietado
A ti sagrado...
E sem reservas, atalho ou pudor
Sem rodeio surge de mim um ralho: um clamor...
Despe-me ou vem-me matar
Para este desejo se saciar...
Vem-te de mim apoderar
Do corpo e da carne para dela fazeres prazer...
E da minha alma: fazeres sorriso de amanhecer
Vem comigo fazer-nos gemer...
Vem o nosso mundo estremecer
Na doce imoralidade...
Da entrega sem idade
Dos nossos ósculos de combustão...
Do nosso suor de exaustão
Vem amor... Sem demora
Para o nosso sentimento sem hora...
Para sermos coroa de glória
E gerarmos a mais bela memória...
Do nosso amor de cumplicidade
Do nosso querer mais a cada oportunidade...
Porque tudo pode desaparecer
O dinheiro, os prédios: uma ponte pode desvanecer...
Mas jamais
Em momento algum os nossos ais...
Que nos tornam cada mais
Um do outro sem vacilar...
Sem hesitar
Porque cada segundo é ouro
No nosso amor feito humano tesouro...
Porque és para mim divino diamante
Ser radiante, intenso, fascinante...
Vamos viver amor esta luz
Que colocamos no mundo e nos conduz...
Que nos torna puros, santos e sãos
Vem-me amar porque... Estou nas tuas mãos...
João Paulo S. Félix
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