Clímax de orgasmo...
Fecho os olhos com um intento
Uma vontade com sentimento...
Uma vontade de fogo ardente
Que me faça deixar de ser carente...
Que me faça estar e ser presente
Que nos faça estar juntos: unidos...
Seja lá onde for... corpos lindos
Lindos: despidos...
De feitos e preconceitos
Sem pudores e receios...
Puramente... o fluir
Do que esteja para vir...
O existir e consumir
O outro no fogo que inflama...
Aquele que o nosso ser ama
E quer até ao morrer...
Satisfazer
Preencher...
E a plenitude ofertar
Para sempre ali se querer voltar...
Ali, além seja onde for
Desde que seja com fulgor...
Aquele que nos faz arder
Somente de o outro ver...
Com olhar de gula e luxúria
Com os beijos que abraçam e afastam a lamúria...
Sentimos o respirar
Esse ato que dá alento e nos faz remar...
Para algo fazer acontecer e consumar
Como exorcismo sagrado...
A proximidade vertiginosa e sem retrocesso
Faz ir num caminho sem regresso...
Um caminho nosso e só de nós
Para criar algo que jamais nos deixará a sós...
As mãos que despem e exploram
As mesmas que religiosamente imploram...
Pela imoralidade e ortodoxia
Dos sons soltos enquanto se gemia...
De prazer infindável e sem fim
Um prazer agnóstico de extremo frenesim...
Com encaixa perfeito e movimentos
Movimentos causadores de prazerosos...
Prazerosos sofrimentos
Aqueles que fazem soltar os sorrisos maquiavélicos...
Aqueles que causam prazeres pélvicos
Na pele do corpo e na pele da alma...
Que não se sacia ou acalma
Na cumplicidade astronómica do nosso amor...
Sentimento máximo de esplendor
Porque nesse amor sei que te amo...
Quando sentimos o clímax do orgasmo...
João Paulo S. Félix
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