Falhei quando por ti me apaixonei...
Assumo, sim, falhei
Falhei e vacilei...
Vacilamos
Porque os nossos corpos imolamos...
Porque os nossos sonhos castramos
Porque paramos de ver o mundo real...
Porque deixamos de querer do mesmo só meio sal
Porque deixamos de quer o possível...
O tangível e sofrível
Deixamos de quer o suficiente...
Para desafiar os deuses a darem-nos o excelente
O melhor...
O calor
De todo o amor...
O fervor do olhar
Os sôfregos cruzamentos dos lábios a beijar...
Dos corpos nudos a desejar
Conspurcar a moralidade...
Com a cópula dos corpos na divindade
Da cumplicidade maior...
Que nos une
Que torna o nós imune...
Ao mundo avassalador
Cheio de sofrimento e dor...
Porque falhei e falhamos
Quando o mundo banal deixamos...
Para almejar o Olimpo celestial
Um lugar idílico fora do normal...
Um espaço com o fado dos amados
Onde só estão os predestinados...
Onde só devemos nós estar
Para o nosso ato de amar...
Amar até o corpo se cortar
Na dor causada pela solidão...
Pelo afastamento geográfico de quem é razão
Do nosso viver, do nosso levantar, do nosso existir...
Alguém que é a motivação e nosso elixir
De eterna juventude...
Na nossa atitude
De querer para sempre...
O nosso amor que cumpre
Porque amor... Falhamos...
E desesperamos
Sempre que o outro não escutamos...
Mesmo que seja dele o pensamento
Mesmo que seja dele o nosso sentimento...
Mas dói não ter e não sentir
Dói o querer e não ter...
Dói assim amanhecer
Amanhecer assim como jamais ambicionei...
Porque amor... Falhei
quando por ti me apaixonei...
João Paulo S. Félix
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