Das virtudes do coração...
Pela noite vamos entrando
E nas suas entranhas penetrando...
Vamos por ela sugados
Para trilhos nunca antes caminhados...
E seguimos como quem vagueia
De forma arbitrária nas ruas da lua cheia...
E seguimos na cegueira
De quem vai sem eira nem beira...
Como quem testa os sentimentos
Como quem não mede os riscos e sarilhos...
Como quem vai na vertigem
Dos sentimentos que alta altura atingem...
O sentimento dos sentimentos
Das luzes, das constelações e firmamentos...
Das galáxias e universos
Que são indescritíveis em versos...
Mas que são quimeras
Perante as altivas eras...
Pronunciadas pelos adventos
Que nos envolvem com seus ventos...
Que sopram com sagaz velocidade
Que nos envolvem com saciedade...
Para nos bafejar
Com o dom de amar...
Aquele dom que se vem a desvendar
E nos vem a revelar...
Como criaturas
Capazes de altivos feitos e bravuras...
Amor
Por ti grito com fervor...
E na tua mão seguro com firmeza
Aquela que tem a certeza...
De tudo isto ser
O sentimento que faz viver...
Ser aquele pelo qual nascemos
E pelo qual ambicionamos...
E desejamos
Pelo qual tudo transcendemos...
Superamos e não vacilamos
Porque tudo isto foi querido
Porque tudo isto é sofrido...
Porque é sentimento desafiante
Porque é sentimento revigorante...
Amor: é cair e levantar
Com quem queremos amar...
A quem queremos sempre acompanhar
Para todo e qualquer gládio...
Para todo ardor e calafrio
E disso temos a certeza nada incrédula...
Até à nossa mais minúscula célula
Porque queremos viver com imensidão..
O amor que é sentimento: o sentimento das virtudes do coração...
João Paulo S. Félix
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