Quando me seguravas
pela mão…
Quando me seguravas
pela mão
Quanto sentimento de
proteção…
Quando me seguravas
E me acompanhavas…
Quando a minha mão
com a tua apertavas
Mãos com as quais a
quinta graciosamente trabalhavas…
As mesmas mãos que na
lareira faziam deliciosas torradas
Com a manteiga da
flor…
Manteiga planta: que
o pão barravas com amor
E o fazias acompanhar
pelo chá bebida nossa…
Que ficou nossa
lembrança: recordação deliciosa
Quando me seguravas
pela mão…
E me ias buscar à
escola lugar da imaginação
Ao jardim de
Eira-Queimada…
A nossa terra amada
Quando me ias buscar
pela mão…
Que doce sensação
A que sentia a teu
lado…
Porque por ti me
sentia amado
Amado e acarinhado…
Porque no hoje me
sinto abandonado
Sem te ter comigo a
meu lado…
Porque me sinto pelo
tempo roubado
Roubado e de ti subtraído…
Porque me sinto pelo
mundo traído
Porque hoje amava
continuar…
A te poder beijar
Beijar e abraçar...
E no teu colo me
aninhar
Porque amava tudo te
poder contar…
E poder muito
segredar
Saudades tuas que não
param…
E que a cada dia
agudizam e disparam
E em lágrimas de
saudade…
Se fazem condensar
neste espaço mundano de crueldade
Que dor esta de estar
sem ti, que terrível e aguda solidão…
Minha avó… Quanto gostava
que me voltasses a segurar pela mão…
João Paulo S. Félix
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