Chuva do meu amor…
Estou sobre o meu
leito deitado
E escuto lá fora algo
muito esperado…
Esperado e aguardado
A água feita chuva:
maná sublimado…
E quando do nada
Sinto uma lágrima
derramada…
Uma atrás de outra
Ato feito atitude
redentora…
Que me leva a chorar
E a minha humana
condição provar…
Provar a minha
imperfeição
Provar o meu estado
de solidão…
Derramam-se as
lágrimas de modo copioso
Intenso, frenético e
nervoso…
Sem ti a meu lado
Sem ti: eu me sinto
desamparado…
Sem ti me sinto
eivado
Eivado pela mácula de
te querer…
De te querer: de
muito te querer dizer
Que é em ti que eu
penso ao amanhecer…
Que és tu quem me dá
forças para remar
Que és tu: que quero
de modo eterno amar…
Amar e se mostrar
Que há um mundo que
temos para aproveitar…
E até essa hora
chegar
Faço com os céus o
compromisso de por ti esperar…
Por mais que possam
os comboios passar
Por mais que possam os
navios navegar…
Choro com a dor de te
desejar
Para te fazer feliz
em plenitude…
Para serem em mim
causa de quietude
Para seres em mim
bonança…
Porque sem ti eu
perco a esperança
Porque sem ti eu
perco o rumo…
Porque sem ti eu cego
e não vejo das lareiras o fumo
O fumo que também é
sinal de calor…
De calor que arde no
cárdio elemento de esplendor
Porque cai por ti em
mim… A chuva do meu amor…
João Paulo S. Félix
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