Convite coronário...
No conforto dos silenciosos aposentos
Depois de acalmados os sois e os ventos...
Por entre sons da idade do mobiliário
E orações sinceras ao Deus do relicário...
Me penitencio para cumprir
Uma sentença que me veio punir...
A serenidade e a solidão
E trazer chama ao coração...
Chama e uma presença
Feita terna e doce crença...
Numa plenitude
Num amor de magna altitude...
Altitude e altivez
Que me envolveu de vez...
Ou me vem a envolver
E eu me deixei prender...
Neste enredo de luxúria
Que nos castra a penúria...
Da ausência de essência
E nos traz a reverência...
De um amor feito ciência
Dos humanos...
Aqueles seres mundanos
Que andam por todos os lugares...
Que almejam andar em pares
Em pares de perfeição...
Com medos entrelaçados na união
Feita amor de sublimação...
Que é sentimento de realidade maior
Que nos quita toda e qualquer dor...
Porque mesclados
E docemente emaranhados...
Em pensamentos e sentimentos
Em juras de amor e doces alentos...
Em verdades de realidade
Que nos une sem idade...
Em premissas de sagração
Do nosso amor à nossa paixão...
Feita doce e infernal sedução
Feita pensamento de pecado e perfeição...
Porque juntos somos causa maior de existência
Porque juntos somos motivo para a terrena sobrevivência...
Para mais... Um pouco mais...
Dos gestos, dos carinhos, das ternuras e dos ais...
Que fazem de nós seres imortais
No amor que nos ligou e afastou dos animais...
No nosso amor máximo corolário
De um convite... O convite coronário...
João Paulo S. Félix
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