Nas brumas da
felicidade…
Como faz doer
A atualidade em que
tem que se viver…
Como causa impotência
Este momento que cada
um presencia…
Como amava poder sair
Para o mundo na alma
engolir…
Como desejava agora
observar
O areal, as conchas, as
gaivotas e o mar…
Sentir o aroma a
maresia e me sentar
Na areia humidificada…
Pelas marés, pela
chuva ou pela noctívaga orvalhada
E ali poder estar…
Sentir e contemplar
Toda aquela calma e desintoxicar…
Do mundo presente e
me poder oxigenar
E também…
Porque nada me detém
Usar as mãos para
furar…
Os grãos do chão e
escrevinhar
O teu nome…
O nome de quem me absorve
a fome
A fome e me retira a
pouca sorte…
Tu ser que fazes de
mim humano forte
E poder sozinho naquele
lugar gritar…
O teu nome para o mar
levar
E fazer desaguar…
Em todo o porto, cais
ou onde venha a atracar
E fazer eterno este
meu amar…
Este meu sentimento
de amor
Aquele que me fazes
sentir com primor…
Tu que me fazes
sorrir
E não temer o que
possa estar para vir…
Naquela praia no frio
do momento a sentir o teu calor
Porque é sentido a todo
o momento com fervor…
Incendiado com os
toros de cada memória
Que adensam a nossa
história…
Cada loucura e cada
palavra
Sentida, olhada e
vociferada que no coração lavra….
A perpetuidade do que
nos une
Une e nos torna imune…
Ao viver a olhar para
os tempos humanos sem eternidade
Porque o nosso amor e
realidade porque está gravado nas brumas da felicidade…
João Paulo S. Félix
No comments:
Post a Comment