Corpos de vida…
O relógio com forte
vertigem
Tende a controlar
tudo desde a origem…
O relógio controlador
Dos tempos, de
palavras, da intensidade de cada sabor…
Mas há algo que ele
jamais
Jamais controlará em
nós seres especiais…
As entregas de amor
A vivência com
fervor…
Do que nos faz querer
O outro sentir e
fazer estremecer…
E em nós encostar
E fazer aportar…
E tudo fazer
despoletar
O beijo… O beijar…
A faz sentidos
apurar…
Que levar ao
acariciar
Ao suspirar…
Em incerta parte
Deste lugar onde o
cientista deseja Marte…
Quando eu somente
desejo amar-te
Amar-te e desejar-te…
Desejar-te e te
realizar
Enquanto ser que me
conquistou…
Enquanto ser que me
despertou
E o mais intimo átomo
me agigantou…
Quero deste lugar a
felicidade
Contigo até à eternidade…
Quero da dor fazer
amor
Quero da rotina fazer
esplendor…
Quero a nudez
Como o divino nos
fez…
A cumplicidade feita
cósmica necessidade
Para viver com
insaciedade…
De seres minha e eu
teu
Como Julieta e Romeu…
Como Pedro e Inês
Um amor de altivez…
Deserto de sensatez
Um sentimento de
perfeição…
Querido até à
exaustão
Sendo essa a meta
desta corrida
O concretizar da
plenitude dos nossos corpos de vida…
João Paulo S. Félix
No comments:
Post a Comment